terça-feira, 27 de julho de 2010

Voluntários e os Ambulantes

Apresentação: Esse exercício etnográfico dá pistas sobre a condição de trabalho dos vendedores de rua, em que estes ocupam certos lugares e “pontos” entre outros ocupantes do espaço público. Como descrevo no diário de campo, vou me aproximando dos informantes e desvendando as relações entre eles.
Fundo de origem: BIEV/NUPECS/LAS/PPGAS
Fonte: Projeto Coleções etnográficas, itinerários urbanos e patrimônio etnológico: a criação de um museu virtual. – FAPERGS/CNPq (ALCR)
Autor: Priscila Farfan Barroso (Bolsista de IC/FAPERGS)
Local: Porto Alegre/RS
Data: 12 de junho de 2007, 4 de dezembro de 2008
Tags: Tecendo a Observação Participante


Misturados entre os camelôs, estão os ambulante
Saí das tendas brancas direto para o Camelódromo da Praça XV, com tendas laranjas e amarelas, pensei que não iria encontrar muitos ambulantes por ali, pois a SMIC com a Brigada colocaram em prática desde o primeiro dia de dezembro a Operação Papai Noel, que tenta coibir o mercado informal e garantir maior segurança para os compradores. Mas misturado entre os camelôs vi ambulantes vendendo seus produtos, os “chamamentos” não eram tão intensos, entretanto estavam lá. Saindo do corredor entre os camelôs já podia ver a “entrada” da Rua Voluntários da Pátria, imponente me convidava a entrar e me confundir na multidão.”



Nessa “região” a maioria dos trabalhadores são homens entre 18 e 35 anos, vestindo calça, abrigo, muitos deles são morenos e parecem se arrumar bastante antes de ir trabalhar. Aquelas meninas morena e a loira continuam por ali, a direita do cabeludinho, a primeira está com uma roupa justa, e o cabelo bem penteado, a segunda tem um decote chamativo e em muitos momentos olha pra lado nenhum com seus olhos jabuticaba. Agora uma mulher está por ali, parece ser mãe da loira, ou das meninas, não sei, conversa com todos intimamente. E só diz para elas “Te liga.”

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